Fanfic com Jack Gilinsky - Capítulo 1
Capítulo 1 - Finally in LA
Acordei não sabendo onde estava. Completamente confusa. Aquilo não era meu quarto, muito pelo contrário, eu estava em um avião. Olhei para a vista que aquela pequena janela fornecia e me lembrei: eu estava indo para Los Angeles. Meu intercâmbio. Amém.
Depois de três anos tentando convencer meus pais que eu era madura o suficiente para ficar seis meses num país cujo a língua era completamente diferente da que eu era acostumada a falar. Três anos provando a eles que eu seria capaz, três anos agindo como ser eu tivesse o dobro da minha idade.
Durante esse período, não aguentei agir todo o tempo como uma pessoa adulta, coisa que eu não era. Para conseguir lidar com isso, criei um canal no YouTube. Clichê, eu sei. Mas esse foi o único jeito que eu achei, onde eu pudesse ser eu mesma. Para ser sincera, eu amo isso. Eu não era famosa nem nada, bom, pelo menos eu não achava isso.
Agora eu estava aqui, realizando meu sonho. Na pequena “TV” que havia ali marcava que faltavam por volta de duas horas e meia para chegarmos em L.A. Escolhi algum filme para assistir, me distraindo um pouco. Depois de o filme acabar, peguei meu celular e, com a internet que o avião fornecia, chequei minhas redes sociais e, como tinha prometido pra umas meninas que eram minhas “fãs”, postei uma foto no Instagram da vista maravilhosa.
Era incrível olhar para trás e ver onde eu estava, onde eu consegui chegar. Eu lutei tanto para isso, sofri tanto, que eu estava quase desistindo. Mas, como sempre, a vida me mostrou que desistir não era o melhor a se fazer, eu havia lutado tanto para no final simplesmente desistir? Acho que não.
Alguns minutos se passaram e as aeromoças vieram avisar que era para desligar os aparelhos eletrônicos, como sempre. Eu estava começando a ficar nervosa.
Eu iria conseguir me virar? Iria conseguir falar ou simplesmente travaria, jogando meus anos de aula de inglês no lixo? Eu estou ferrada. Minha mãe brigaria muito comigo. Pera aí, Bárbara, tudo que você menos precisa agora é de pensamentos negativos. Expulsa esses pensamentos da sua mente, menina! Você não é assim, por que resolveu mudar agora?
Depois de o avião aterrissar, esperei todos descerem para descer, pois aquilo ali parceria um final de semana andando na 25 de março em São Paulo. Demorou, mas foi melhor ficar sentada. Peguei minha bagagem de mão e fui esperar despacharem a minha mala. Enquanto isso, fiquei gravando snap.
Fui para onde minha host family disse que estaria me esperando. Logo os avistei. Eles estavam segurando um cartaz muito fofo. Eu não posso começar a chorar, poxa! Eu acabei de chegar! Saí correndo e abracei todos. Eram um casal e seus dois filhos. Gêmeos, tinham 7 anos. Era um casal, que coisa mais linda!
No caminho até a casa deles, eles me contaram que ficaram muito felizes por finalmente um intercambista ter escolhido a casa deles. Normalmente, quem vem fazer intercâmbio em L.A., não fica exatamente na cidade, pois é mais caro. E também é muito mais comum as pessoas escolherem ir para o Canadá ao invés dos Estados Unidos, é uma opção mais barata, por isso é tão comum os intercambistas escolherem terras canadenses.
(...)
Hoje era o primeiro dia de aula, depois de duas semanas aqui, hoje eu oficialmente colocaria todas as aulas de inglês em prática. É óbvio que durante essas duas semanas eu falei em inglês, mas minha host family tentava ao máximo utilizar as palavras mais fáceis possíveis, para eu poder ir acostumando. No momento, eu me encontro tomando café e checando uma última vez o horário do ônibus, que era disponibilizado na internet.
Era como nos filmes, só que muito menos glamoroso. Não era como se uma celebridade estivesse ali dentro, muito pelo contrário. As pessoas que se encontram ali estavam parecendo zumbis. Mas eu, pela experiência, não parava de contar os minutos para chegar na escola pra mim poder tirar uma foto daquele ônibus amarelo. Quando feito, entrei na escola e procurei a sala da coordenadora, para ela poder me passar os meus horários de aula.
(...)
- Olá, meu nome é Hayes, você é brasileira, certo?
Era um garoto um pouco mais alto que eu, tinha olhos extremamente azuis e cabelos pretos. A pele um pouco bronzeada. Um gato.
- Sim, hoje é meu primeiro dia na escola, como já deve ter percebido.
É claro que ele percebeu, Bárbara. Não é todo dia que os professores fazem um aluno se apresentar na frente da sala inteira. O que é uma bobagem, na minha opinião.
- Desculpa, mas eu não consegui decorar seu nome, como é mesmo? Não é muito popular por aqui. – ele deu uma risadinha sem graça – Pra falar a verdade, acho que nunca conheci alguém que chamasse assim.
Sorri.
- É Bárbara. Aqui pode não ser conhecido, mas no Brasil é bem popular.
(...)
Hoje é quinta-feira, depois da aula vou pra casa do Hayes. Como ele foi a primeira pessoa a falar comigo, ele é tipo um irmão pra mim. Hoje vou conhecer os amigos e o irmão dele. Eu não sei, mas eu acho que já ouvi sobre ele. Pode ser paranóia minha, mas seu nome me soa familiar. Talvez hoje eu descubra o porquê, não sei.
Já era a última aula, física. Por que isso tinha que existir mesmo? Eu não consigo entender nada, durante a aula toda fiz desenhos no meu caderno, pra ver se o tempo passava mais rápido. O que, em certas partes, deu certo. Quando o sinal marcando o encerramento da aula tocou, eu suspirei aliviada. Finalmente. Esperei todos saírem para sair da sala, em seguida indo procurar Hayes.
(...)
A casa do garoto de olhos azuis era enorme. E-NOR-ME! Eu já estava completamente impressionada, mesmo só tendo visto a parte externa da casa. Mesmo estando fora da casa, era possível ouvir o barulho que os amigos de Hayes faziam.
- Hey, não se assuste, Babi. Eles são meio loucos e um pouco infantis mas, apesar de tudo, eles sabem o que estão fazendo.
Dei um sorriso torto e Hayes abriu a porta. Dez olhares foram focados em nós. Puta que pariu. Eu estou no céu.
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