Imagine com Nash Grier - Festa
Hoje era quase mais um daqueles dias chatos de escola sabe? A única diferença é que hoje ia ter uma festa, uma festa... diferente. Ia ser na casa da menina mais popular do colégio então, eu ia ter que ir. Eu sempre gostei dessas festas mas nunca tive vontade de ir em uma, além do mais, eu nunca fui aceita nessas festas; não é igual aquelas meninas que não são aceitas porque são as nerds esquisitas ou porque não se vestem bem, é porque para elas, eu sou uma ameaça. Elas acham que só porque eu sei jogar futebol, ando de skate e amo jogar video-game eu sou a paixão de um menino. Mas não é bem assim; eu nunca tive um namorado porque ninguém me quis, eu só fiquei com algumas míseras pessoas e ainda sou virgem, isso é uma ameaça para elas? E tem mais, eu sou a melhor amiga de um dos caras mais gatos do colégio, deve ser por isso que elas me odeiam. E hoje eu vou nessa festa justamente por causa dele, que me convidou; e não tem jeito de elas não deixarem eu entrar porque, se eu tiver que ir embora, ele vai junto.
Me levantei, tomei um banho e fiz minhas higienes matinais. Coloquei a primeira roupa que eu encontrei no meu armário e fui para a escola. Chegando lá a primeira pessoa que vem falar comigo, como sempre, é a Candice, minha amiga.
- Serena, você viu quem vem hoje naquela festa? - ela perguntou quase me sufocando em um abraço
- Não Candi, quem? - disse sem interesse
- A Regina, aquela puta
- Você ta brincando né? Só porque eu vou, só porque eu vou - disse com raiva
- Calma, eu vou estar lá também e além do mais, você que vai estar com o Nash, coisa que ela quer a muito tempo mas não consegue e nem vai conseguir
- Se ela chegar perto dele eu arrumo barraco e se ela encostar um dedo nele ninguém nunca mais vai ver ela - disse calma
- Ela não vai chegar perto dele, não vai nem poder tentar isso - ela disse maleficamente, é por isso que eu sou amiga dessa louca, ela sabe o que faz.
A aula já tinha acabado e agora eu estava indo pra casa quando um demônio me para no meio da rua.
- Ora ora ora, o que temos aqui?Não é aquela amiga desnecessária do Nash Grier? Eu acho que eu tenho que acabar com ela - ela disse com desgosto
- Se o Nash não te quer, não é culpa minha. Não é minha culpa o Nash não gostar de vadias, Rebeca.
- Olha aqui garota, o Nash é meu e de mais ninguém então, se você aparecer naquela casa hoje a noite se considere uma garota morta ok?
- É o que veremos então queridinha - disse e dei as costas pra ela voltando pra casa
Acordei com o despertador tocando, quase cai da cama quando vi que já eram 18h30, CARALHO. Eu tinha que ficar pronta até as 20h, será que dá tempo? Ainda tenho que jantar, a que se foda. Tomei um banho relaxante e fui fazer a minha maquiagem, não fiz nada muito pesado porque não combina comigo. Coloquei minha roupa, um 'corpete' preto de renda e uma saia bege rodada cheia de pregas, meu colar dourado e meu salto alto preto de veludo. As vadiazinhas podem falar tudo de mim, menos que eu me visto mal porque, eu estou muito linda nessa roupa. Saí de meus pensamentos quando meu celular apita avisando que chegou uma mensagem de Nash.
"Lindinha, eu já to aqui fora, quando você estiver pronta vem pra cá. Nash xx "
Ele é muito fofo mesmo, não merece aquelas putas. Mandei uma mensagem para Candi perguntando se ela já estava indo e ela disse que já estava lá, me acusando de estar atrasada. Sai de casa, tranquei a porta e entrei no carro de Nash, o cumprimentando com um beijo na bochecha.
- Você tá muito linda Serena, não vou deixar nenhum marmanjo chegar perto de você hoje - ele disse sorrindo. Aquelas covinhas são capazes de levar qualquer uma ao Paraíso.
- Se eu conseguir entrar já é um bônus - eu disse em resposta - a puta da Rebeca já veio me falar que se eu fosse ela ia me matar
- Hahaha, se você tiver que ir embora eu também vou
Isso é convivência, o que eu pensei hoje? Se eu fosse embora, ele ia junto haha.
Chegando na festa eu presenciei uma cena que eu pensei que nunca veria antes: gente se comendo, literalmente. Havia putas se esfregando em putas e putas se esfregando em homens, resumindo: é puta pra tudo quanto é lado. Adentramos a enorme casa e as coisas só pioraram, se lá fora tinha muita gente se comendo, aqui tinha o dobro. Parecia uma daquelas boates de strippers, sabe? Credo, eca, que horror! Aquilo tudo era muito nojento, muito novo para mim. Nash percebeu que eu não estava confortável e me levou para a parte de trás da casa, onde fica a piscina. Aquele local era muito mais aconchegante, não tinha tanta gente e quem estava ali, não fazia nada parecido com o resto das pessoas.
- É sempre assim? Sempre é cheio e tem gente se pegando pra todo lado? - perguntei para Nash
- As vezes, quando as pessoas estão cansadas porque teve festa na semana anterior não costuma ser assim mas, eles devem estar assim porque final de semana é feriado e muita gente vai viajar. Isso é como uma 'despedida' para eles.
- Ainda bem que ninguém me aceitava aqui antes porque eu não vou querer vir aqui de novo. - disse e fiz uma careta, fazendo Nash rir.
Estávamos sentados na beirada da piscina quando Rebeca aparece, tinha até esquecido que ela vinha.
- Nash meu amor quanto tempo - ela disse se jogando em cima dele.
- O que você está fazendo aqui? Eu não te quero Rebeca.
- Eu só estava pensando que a gente poderia repetir aquilo, sabe? Igual a gente fez na sua casa.
O QUE? Que porra é essa? O Nash nunca tinha me contado que já tinha ficado com a Rebeca, muito menos que já tinha feito certas coisas com ela. Olhei pra ele de canto de olho e ele estava beijando ela, ou melhor, ela estava beijando ele. Mas isso não vai ficar assim não. Eu poderia sair correndo e chorando igual a todas aquelas garotas fazem mas como dizem, eu não sou igual a elas. Pulei em cima de Rebeca com muita força, força o suficiente para fazer nós duas sairmos rolando dali, indo em direção a uma rampa que tinha lá. Era tapa pra cá, arranhão pra lá, puxada de cabelo, socos, chutes e até tirar a roupa nós estávamos tirando, sem intenção nenhuma, é claro. Consegui ficar por cima dela e iniciei uma sequência de tapas na cara de vadia dela.
- Quem você pensa que é em garota? Se o Nash não te quer, se jogar em cima dele não vai fazê-lo mudar de ideia - disse com raiva.
Ela não conseguia nem respirar direito, coitada. Coitada nada, ela mereceu. Seus braços curtos e magrelos tentavam alcançar meu pescoço, sem sucesso. Senti braços me puxando de cima dela e comecei a chutar o ar, com a intenção de atingir alguém.
- Como vocês deixam essa coisa vir nessas festas? - disse Rebeca com sua voz de pato.
- Ao contrário de você, Rebeca, ela foi convidada -disse Nash olhando em seus olhos - e a maioria das pessoas que estão aqui gostam dela e não gostam de você. Se tem alguém aqui que não é bem vindo nessas festas, esse alguém é você.
Eu realmente estava surpreendida. Nash nunca tinha falado algo parecido com isso, muito pelo contrário, ele era uma das poucas pessoas do colégio que se preocupava com que os outros sentem. Ele deve estar com muitaaaa raiva.
- Nash... você está bem? - disse acariciando seus braços.
- Estou, não precisa se preocupar. E você, algum arranhão está doendo?
- Você sabe que ela não sabe bater Nash - disse rindo - é mais fácil eu me machucar sozinha.
-Verdade. - também rindo - Bom, para mim essa festa acabou. Tá afim de ir para outro lugar?
-Pode ser. Não aguento mais ficar aqui. - disse fazendo uma careta.
Nash me puxou pela mão, fazendo com que eu tropeçasse e quase caísse, ele percebeu e me segurou com mais força, fazendo com que nossos corpos ficassem grudados. Olhei profundamente em seus grandes olhos azuis, havia um brilho diferente ali. Nossas respirações foram se misturando, meu coração estava completamente acelerado, fiquei com medo de que Nash conseguisse escutar ou perceber. Por um momento senti olhares sobre nós, Nash desviou o olhar para atrás de mim, e então voltou a me puxar. Adentramos seu carro, e ele começou a dirigir, o silêncio que predominava estava me incomodando, então resolvo puxar assunto.
- Para onde a gente tá indo? -pergunto.
- Surpresa - disse fazendo cara de esperto.
- Você sabe que eu não gosto de surpresas. - disse tentando fazer uma cara de brava, mas estava segurando o riso. Nash sorriu travesso e me olhou.
-Eu sei. - disse.
-Então por que ainda tenta?
- Gosto de te irritar. - olhei para ele com cara de taxo, e ele me olhou rindo - Fique calma, já estamos chegando.
- Espero. - disse entediada, cruzando os braços.
Encostei a cabeça no vidro e comecei a pensar sobre a vida; na escola, só falta mais um ano para nos formamos; pensei no que realmente sentia por Nash, de alguns tempos para cá, comecei a me sentir estranha perto dele, com borboletas no estomago. Saí de meus pensamentos quando Nash parou o carro em uma praia meio abandonada e com um píer.
- Uau! – eu estava maravilhada com a vista.
- Sempre venho aqui para pensar quando estou confuso, mas ultimamente tenho vindo com mais frequência. - ele disse andando em direção ao mar, me deixando para trás, tive que correr um pouquinho segurando os saltos.
- Mas por que você tem vindo com frequência ultimamente? Ei! O que você tá fazendo? - perguntei vendo ele tirar sua blusa e começar a abrir sua calça.
- Vamos entrar no mar. - disse normalmente.
- O que!? Nash você tá ficando maluco? A gente pode pegar um resfriado!
- Fica calma. Vai ficar tudo bem. - ele chegou perto de mim, já estava só de cueca. - Entra no mar comigo. Por favor. - disse estendendo a mão para mim. Olhei para seus olhos e comecei a tirar a roupa, sempre olhando seus olhos. Nunca tive vergonha de tirar a roupa na frente de Nash, pois sempre fomos amigos, mas desta vez senti minhas bochechas queimarem. Ele deve ter percebido, porque abriu um sorriso enorme.
Quando acabei de tirar a roupa e o sapato, estendi minha mão e peguei a de Nash, que começou a me guiar até o mar, com um andar calmo, como se fosse a coisa mais normal do mundo entrar no mar numa hora dessas. Chegando bem na beira do mar, eu acabei travando, Nash olhou para trás com cara de interrogação, mas logo depois entendeu que eu não iria entrar na água, ele soltou minha mão e se virou para o mar, fiquei confusa.
- Nash o que acon... - teria terminado a frase se não fosse por ele ter me pegado no colo - NASH GRIER, ME PÕEM NO CHÃO AGORA!
- Espera um pouco, e pare de gritar que nem uma louca. - ele disse, comecei a me debater, gesto que não valeu de nada. Nash me segurou com mais força, com isso, acabei desistindo e parei de me debater. Nash parou quando a água estava acima de seu umbigo - Aqui está bom. - e me colocou na água.
- Sério? A água tá muito gelada, se eu pegar um resfriado, você vai pagar os meus remédios. - cruzei os braços e fiz cara emburrada.
- Sempre cruze os braços, seus peitos parecem maiores. – ele disse com um sorriso malicioso.
- Pare de olhar para os meus peitos, safado.
- Mas eu gosto deles, na verdade não só deles. - Nash fixou seus olhos nos meus, colocou um braço envolta de minha cintura me puxando para mais perto , com a outra mão passou seu dedão em meus lábios, ele continuou me puxando até não ter mais espaço entre nós, sua mão que estava em meu rosto foi para minha nuca, Nash encostou sues lábios nos meus vagarosamente, um arrepio subiu por minha espinha e os pelos do meu corpo se arrepiaram, coloquei minhas mãos em seu cabelo e nuca. Aquele era um beijo delicado e viciante, se não fosse pelo ar que nos faltava, teria continuado ele. Nos separamos e ficamos um encarando o outro.
- Você não sabe a quanto tempo eu queria fazer isso. Você não sabe o quanto eu gosto de você, mais que amigos de infância, mais que tudo, todas as vezes que te via com algum outro menino, eu ficava com ciúmes, mas não queria aceitar ou falar por medo, medo de não ser recíproco, de você ir embora. Então me diga que é recíproco, porque eu percebi todos os seus olhares para mim, que todas as vezes que eu chegava perto você se arrepiava e que toda menina que chegava perto de mim você falava que era puta.
- Depois disso tudo, você ainda tem duvida se é recíproco ou não? - Nash fez uma cara estranha, dei um risadinha - Nash sempre lerdo. - e puxei ele para mais um beijo, só que dessa vez mais quente.
E ficamos lá nos amando até irmos para casa.
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